O IPv6, a última versão do protocolo Internet, representa uma das mudanças mais importantes na história da Internet. Esta nova versão garante que a importante rede de redes continue a crescer e se desenvolver com segurança.
Para entender melhor o cenário da transição do IPv4 para o IPv6 na América Latina, é muito importante saber do que se trata esta mudança e como ela pode afetar uma organização e até mesmo um país.
O que é um endereço IP?
O Protocolo Internet, também conhecido por sua sigla IP, é uma representação numérica criada exclusivamente para identificar uma interface específica em uma rede. Em outras palavras, para se conectar à rede, todos os equipamentos desde seu computador pessoal até a geladeira inteligente devem ter um número de endereço IP que os identifique e, desta forma, podem enviar e receber dados.
Existem atualmente duas especificações para endereços IP: IPv4 e IPv6.
IPv4
O sistema IP foi desenvolvido há mais de 40 anos (em 1981), por um dos grandes contribuintes para o desenvolvimento da Internet, o cientista Jon Postel. Esta versão é representada por números decimais de 32 bits, e fornece um pouco mais de quatro bilhões (4,29) de endereços Ipv4 possíveis para uso. Um endereço IPv4 se parece com este: 172.168.10.1
IPv6
Esta é a versão mais recente do protocolo, desenvolvida em 1998 pela IETF (Internet Engineering Task Force) e ratificada como padrão em 2017. O endereço IPv6 é composto de 128 bits, com uma notação hexadecimal de 32 dígitos, o que permite mais combinações de números, deixando um número único para cada conexão. Endereços IPv6 suportariam até 340 endereços possíveis de undecillion, o que atenderia à demanda atual. Um endereço IPv6 pode ser visto da seguinte forma: 2001:123:4:ab:cde:3403:1:63
Por que adotar IPv6
A resposta é simples. Se não adotarmos esta tecnologia, nossa rede logo será incapaz de se conectar.
É preciso ter em mente que, devido a sua estrutura diferente, estas duas tecnologias não são compatíveis, portanto não é possível a comunicação entre um IPv4 e um IPv6, o que gerou uma urgência para promover a adoção da tecnologia. mais recente.
Esgotamento de endereços IPv4
Na década de 80; 4,29 bilhões de endereços IP pareciam ser suficientes para servir uma rede de conexão gigante; no entanto, a escassez de IPv4 começou a ser sentida em 2015 devido ao crescimento desenfreado das conexões de Internet.
Internet das Coisas
O rápido crescimento da Internet e o uso da mesma para dispositivos IoT (Internet das Coisas) fez com que ela ficasse aquém do número de dispositivos que atualmente se conectam à Internet. Hoje, o computador doméstico não é mais o único dispositivo que se conecta com a Internet. Com o alto nível de digitalização, em casa, temos mais de um computador, e aparelhos como o refrigerador, a máquina de lavar e até mesmo as luzes de sua casa podem ser conectados à Internet. A Internet das Coisas também tem ajudado muito diferentes negócios, como a agricultura, onde é possível instalar sensores para conhecer a situação das culturas ou do gado; o setor de saúde, comércio, etc.
Em 19 de agosto de 2020, LACNIC, a organização oficial encarregada de gerenciar os IPs para a América Latina e o Caribe, comunicou oficialmente a reserva do último bloco de endereços IPv4, terminando as fases de esgotamento do IPv4 e fazendo um importante chamado às organizações para acelerar a implementação do IPv6 na rede.
Lenta adoção do IPv6
Desde 2011, o mundo inteiro vem trabalhando para mudar os endereços IP de IPv4 para IPv6, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Tudo começou com o Dia Mundial do IPv6, que ocorreu em 8 de junho de 2011, onde, através de uma iniciativa da Sociedade Internet (ISOC), foi realizado um teste técnico para promover a implementação do IPv6 com mais de 400 empresas.
O Google criou uma página exclusiva para acompanhar de perto a adoção do novo protocolo IPv6, que, até a primeira metade de 2021, tinha 34,68% em todo o mundo.
No caso específico da América Latina, México e Brasil lideram a taxa de adoção do IPv6 com 40,62% e 38,38% respectivamente, mas muitos países ainda têm uma taxa baixa em termos de adoção da nova tecnologia, assim como Venezuela e Chile com apenas 0,41% e 1,92% respectivamente.
IPv4 a IPv6: Como se preparar para ele na América Latina
Embora a adoção plena do IPv6 na América Latina ainda não tenha levado algum tempo, as questões de compatibilidade já são uma realidade. Esta tecnologia está quente em nossos calcanhares, e hoje, o conhecimento e os profissionais qualificados estão em falta. Portanto, agora você sabe, se você trabalha no mundo da Internet e das telecomunicações, é importante que você comece a preparar sua empresa a partir de agora e procure serviços de provedores de infraestrutura que sejam compatíveis com estas duas tecnologias, IPv4 e IPv6.
No caso do EdgeUno, por exemplo, graças à capacidade e ao serviço Dual-stack, é possível que todos os nossos clientes possam operar perfeitamente com ambos os formatos IP e fazer com que seu conteúdo chegue a todos os usuários sem nenhum problema.
Se você quiser saber mais sobre migração IP, e como preparar sua empresa, não hesite em entrar em contato conosco.